FILOS & FALUS de Cecilia Rangel

 Teatro Oficina; São Paulo (SP) Projetado pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi, em 1984, o Teatro Oficina teve sua arquitetura escolhida como a melhor do mundo pelo Observe r, complemento dominical do The Guardian , por sua estrutura horizontal, que difere dos padrões de palco italiano, arena e semiarena.   Sob a direção do dionisíaco José Celso Martinez Correa, o Teatro Oficina ganha reconhecimento por seu espaço físico; falta ter reconhecida a sua importância como lugar de experiências teatrais das mais ricas e ousadas. De qualquer maneira... EVOÉ !!!!!!! Cecilia Rangel; em 14 de dezembro de 2015  

Está acontecendo no Rio de Janeiro o EMERGÊNCIAS, Fórum Internacional de Cultura, realizado pelo MinC !!!!!!!!!!!! Pensar a cultura como ativadora de processos na conquista de direitos civis, políticos, sociais, econômicos e ambientais. Esse é o objetivo central do EMERGÊNCIAS, projeto realizado pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC), que reune pensadores, ativistas, artistas, produtores culturais, gestores e agentes políticos.    O evento teve início nesta segunda-feira, dia 7, e vai até 13 de dezembro, concentrando parte das atividades entre o Circo Voador e a Fundição Progresso, e outras  que avançam por vários pontos da cidade.    O evento tem como anfitrião o ministro da Cultura, Juca Ferreira, contando também com a presença de Gilberto Gil; do americano Lawrence Lessig, um dos maiores defensores da internet livre; da advogada e ex-senadora da Colômbia Piedad Córdoba; da filósofa e escritora Má

SBAT – 98 ANOS Ontem, 27 de setembro de 2015, a SBAT, Sociedade Brasileira de Autores, completou noventa e oito anos de idade. E que importância tem isso? A resposta se encontra nos muitos textos escritos por Aderbal Freire-Filho, líder do Movimento SBAT 100Anos, com quem tenho a honra de trabalhar desde 2013, não somente no intuito de mantê-la funcionando, como também de torná-la um agente efetivo de prod ução cultural e artística no Brasil deste novo século. Em 1917, ano em que foi fundada a SBAT, vivia-se aqui o período denominado de Primeira República, quando ainda era a aristocracia rural, detentora do poder econômico à época da monarquia, que ditava as ordens na política do país. As manifestações artísticas que emergiam da cultura popular brasileira eram julgadas chulas, imorais, por revelarem a miscigenação característica da formação do nosso povo, o que envergonhava as elites de uma sociedade pretensamente identificada com o modelo europeu de sociedade, sobretud

  Paulo Ferreira e eu ministraremos, a partir de 8 de agosto de 2015, a Oficina SBAT - EM QUADRINHOS: Estudo histórico e semiótico da linguagem dos quadrinhos em diálogo com diferentes campos das artes, literatura e ciências humanas. Local: sede da SBAT (Sociedade Brasileira de Autores) Endereço: Av. Almirante Barroso nº 97 / 3° andar - Centro do Rio de Janeiro Horário: aos sábados, de 11hs às 13hs Informações: oficinaemquadrinhos.2015@gmail.com 

PAULO FERREIRA Jornalista formado em Comunicação Social pela UFRJ. Trabalhou por seis anos no jornal O Globo como repórter da área de cultura, entretenimento e comportamento. É especialista na cobertura de história em quadrinhos, cinema de animação e artes visuais. É, desde 2006, integrante do júri profissional do festival de cinema de animação Anima Mundi.   CECILIA RANGEL Atriz, encenadora, dramaturga e roteirista. Graduada em Psicologia pela Universidade Celso Lisboa e pós-graduada em artes cênicas pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro). Trabalhou na TV Globo como Instrutora de Dramaturgia. Roteirista do filme-piloto para o seriado “Rio Noir” da Midmix Filmes, direção de Cininha de Paula. Autora de mais de dez obras originais para teatro e cinema, além de adaptações para TV e teatro.  

Se viva, Elis Regina estaria hoje completando 70 anos. E, com certeza, teríamos mais a ouvir do que o que nos restou a partir de sua ausência, em todos os sentidos, sentidos, sentidos...

      Ontem estreou "Babilônia", nova telenovela de Gilberto Braga e companhia, que traz dentre as suas personagens um casal homoafetivo vivido por duas das maiores atrizes brasileiras, Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg. Logo no primeiro capítulo elas se beijam (como todo casal que se ama), e aí vem aquela velha lenga-lenga da apologia ao homossexualismo, porque as criancinhas... etc. etc. etc.       Em primeiro lugar, quero dizer que não exist e apologia possível ao homossexualismo, porque o comportamento sexual de cada um é regido majoritariamente pelo seu desejo pessoal e intransferível.         Em segundo lugar, a dramaturgia, em qualquer veículo, é um meio de expressão das questões humanas, e seres humanos têm diversas formas de se relacionar sexual e afetivamente, desde que o mundo é mundo.      Apologia se faz, e há séculos, de um único modelo de comportamento sexual, como se fosse possível enquadrar o desejo e o sentimento humanos num padrão a

“Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos. Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas no mar para os peixes pequenos, com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais quanto animais; eles cuidariam para que as caixas sempre tivessem água renovada e adotariam todas as providências sanitárias cabíveis. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente lhe faria uma atadura, a fim de que não morressem antes do tempo. Para que os peixinhos não ficassem tristonhos eles dariam, cá e lá, uma festa aquática, pois os peixes alegres têm um gosto melhor que os tristonhos. Naturalmente, também haveria escolas nas grandes caixas; nessas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões; eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia, a fim de poder encontrar os grandes tubarões deitados preguiçosamente por aí. A aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos; eles

Um pensamento aos caricaturistas da "Charlie Hebbo" covardemente assassinados esta manhã    dessin Denis Dubois   "Une pensée pour les caricaturistes de Charlie Hebdo lâchement assassinés ce matin"

Como se diz aqui no Brasil, por que foram"cutucar a onça com vara curta" ?   Em tempos de extremismos, fanatismos e fundamentalismos - quem diria que estes seriam os tempos modernos no Século XXI - é melhor não brincar com "coisa séria". Nada vale menos para o homem de hoje do que o próprio homem. O ser humano perdeu o controle sobre tudo o que veio a criar e formar suas diferentes culturas, tornando-se refém delas. Destituído de seu caráter criativo e transformador, e esvaziado de afeto, a criatura humana tende a tornar-se um mero replicante carregado de ferocidade. Com certeza não serão as armas que conseguirão deter este retrocesso em processo. Com certeza não serão as armas...      Foto: Thibault Camus / AP Segue matéria publicada no site http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/,f3893d23724ca410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html:    "A revista satírica Charlie Hebdo, que foi alvo de um ataque em novembro de 2011 ap