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Mostrando postagens de 2013

CARTA ABERTA DE ADERBAL FREIRE-FILHO - MOVIMENTO SBAT 100 ANOS

Aderbal Freire-Filho " Como é de conhecimento de todos, a SBAT está finalmente arrumando a sua casa. A casa construída por Chiquinha Gonzaga, Viriato Correa, João do Rio, que já foi habitada por Joracy Camargo, Rachel de Queiroz, Manuel Bandeira, Nelson Rodrigues, Dias Gomes, Boal, Vianinha, Paulo Pontes, Plinio Marcos, Guarnieri e todos os nossos mestres, está sendo reconstruída para as novas gerações de autores brasileiros. A SBAT é uma sociedade sem fins lucrativos, de utilidade pública, cujo patrimônio pertence a todos nós. A SBAT é a guardiã dos direitos do autor de Teatro – a propriedade intelectual. Em abril de 2013, em memorável encontro no Teatro Ipanema, surgiu um grupo de associados interessados em reerguer a SBAT e transformá-la num espaço não só do autor, mas de todos os artistas brasileiros. Essa comissão se auto intitulou Movimento SBAT 100 anos, com responsabilidade de levar a Sociedade ao seu centenário, em 2017, totalmente saneada. Para

... E O NEGRO LIBERTOU-SE !!!

POR QUE NÃO TEMOS O QUE COMEMORAR NO DIA 13 DE MAIO? Hoje estamos completando os 12 5 anos da assinatura da Lei Áurea , que terminou com a escravidão no Brasil (terminou?). Mas por que não se dá a esta data a mesma importância de 20 de novembro, dia em que morreu Zumbi dos Palmares, agora conhecido como Dia da Consciência Negra ?     Simples assim: quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea  o fim da escravidão já era um fato mais do que inevitável, pois a Lei dos Sexagenários já havia tornado livres os escravos com mais de sessenta anos de idade, e a Lei do Ventre Livre instituira inata a liberdade dos afrodescendentes desde a sua promulgação.  O texto da Lei Áurea , elaborado e aprovado pelo Parlamento da ocasião, chegou às mãos da Princesa pronto para ser assinado. E ela assim o fez: dali em diante não existiria mais escravidão no Brasil e revogavam-se quaisquer disposições em contrário. Ponto. A partir daí jogou-se à margem da sociedade milhares de sere

FICÇÃO

Adoro escrever ficção, dentro dela meus vários 'eus', as personagens que me habitam, podem levar seus antagonismos às últimas consequências. A contradição é a mola propulsora da minha criatividade. E a ficção é a minha real liberdade. (Cecilia Rangel - 20 de abril de 2013)

VERDADE OU MENTIRA?

Toda verdade tem em si uma grave mentira, que é a de se achar verdade. Não acredito em verdades, portanto, não falo sobre elas.  Proponho questões.  Milhares de indagações surgem na minha cabeça a toda hora. Exponho-as Cada um que pense a respeito e chegue à sua conclusão. Ou não. (Cecilia Rangel - 20 de abril de 2013)

ESPECIAL CHICO BUARQUE - GÔTA D'ÁGUA (por Mr.Zieg)

Bibi Ferreira na montagem original. 2º Parte – Por dentro das obras Começamos a “dissecar” a obra de Chico Buarque com Gota D’Água , peça baseada na tragédia grega Medéia , de Eurípedes , só que ambientada nos dias de hoje. Foi escrito e encenado em 1975, resultado da parceria com Paulo Pontes , autor com quem ele já tinha trabalhado em O Homem de La Mancha . A inspiração veio a partir de um programa chamado “caso verdade”, criado por Oduvaldo Viana filho  e exibido pela Rede Globo, em 1973. Mas a obra foi muito mais além, ganhando contornos de clássico e abrindo portas para uma linguagem inovadora, em função da combinação de vários elementos. E sem querer, plantou as sementes para um futuro teatro musical brasileiro. A história:  A trama se passa na Vila do Meio-dia, conjunto habitacional suburbano do Rio de Janeiro. Temos o foco principal na relação entre a nossa “Medéia”, que aqui se ch

A HIPOCRISIA NOSSA DE CADA DIA

A juíza Andréa Pachá, mulher a quem respeito e admiro fervorozamente, postou em sua página do facebook o seguinte texto do meu também querido e saudoso dramaturgo Alcione Araújo: "Acolhida a idéia, aos 16 anos de idade, delinqüentes já poderiam ser condenados. Sem querer aliviar a responsabilidade de criminosos, pergunto se crianças que crescem sem família, sem escola, sem emprego e sem assistência social têm noção do que seja certo e errado, justo e injusto, se à volta a violência é rotineira. Cadáveres são parte do seu trajeto, roubos são parte da sua diversão, drogas são parte da sua aventura, armas são parte da sua emoção, miséria e abandono são parte do seu cenário, fome e doença são parte do seu cotidiano, crime e morte são parte do seu futuro. Por que chocar-se com a violência? Como espantar-se com o assassinato? Da espantosa promiscuidade, sem referências nem valores, restam cinismo e frieza. Para esses pequenos assassinos, o Estado, que se resume à políci

ACESSIBILIDADE À LEITURA

Grande parte da população apresenta alguma dificuldade em ler, seja para incorporar a leitura ao seu dia a dia, seja para estabelecer com o texto escrito um veio de interpretação satisfatório sobre o que está sendo lido. Isto se dá sobretudo pela inacessibilidade, de grande parte da população, tanto aos livros quanto aos agentes motivadores de leitura e às ofertas do mercado editorial.  Indubiltavelmente, é preciso modificar este quadro. A isenção de impostos foi aprovada, porém sem a fiscalização do Governo as empresas continuam a ganhar milhões ao manterem os livros com preços absurdos. O Governo diante desta situação estuda uma nova forma de imposto para de fato viabilizar a implementação do Fundo Pró-Leitura e a redução dos preços dos livros. Outro problema que existe de acordo com o tributarista Paulo Antônio Mariano, colaborador da Devout Auditoria é que existem sim impostos sobre obras literárias, porém de uma forma relativa.  Ajude a criar mentes pensantes!
  A LUZ DO TOM Um dos nomes mais importantes do cinema brasileiro, Nelson Pereira dos Santos, diretor do belíssimo “A música segundo Tom Jobim” (2012), anuncia a estreia nos cinemas de um outro documentário sobre o Maestro, “A luz do Tom”. “ É um projeto meu e do Marcos Altberg e tem como foco três mulheres da maior importância na vida e na música do Tom”, explica o diretor. “São elas a Helena Jobim, irmã do Tom e autora de uma biografia sobre ele, mais a Thereza de Otero Hermanny, primeira namorada do Tom, primeira esposa e mãe do Paulo Jobim. E também a última esposa, a Ana Lontra Jobim, que acompanhou o Tom nos discos e nas turnês”... Imagem: Tom Jobim fotografado em 1964, na praia de Ipanema, por Otto Stupakoff (IMS).  

ATELIÊ DA ESCRITA

CARNAVAL 2013_VAI PASSAR...

"Vai passar nessa avenida um samba popular.  Cada paralelepípedo desta cidade, esta noite, vai se arrepiar..." "... ao lembrar que aqui passaram sambas imortais, que aqui sangraram pelos nossos pés, que aqui sambaram nossos ancestrais." "Num tempo, página infeliz da nossa história,  passagem desbotada na memória das nossas gerações, ..." "... dormia a nossa pátria-mãe tão distraída,  sem preceber que era subtraída em tenebrosas transações." "Seus filhos erravam cegos pelo continente, levavam pedras feito penitentes, ... "... erguendo estranhas catedrais. E um dia, afinal, tinham direito a uma alegria fugaz,  uma ofegante epidemia que se chamava carnaval." "O carnaval ! O carnaval! Palmas pra ala dos barões famintos, o bloco dos napoleões retintos e os pigmeus do boulevard!" "Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar a evolução da liberdade até o

SER OU NÃO SER? EIS A QUESTÃO...

Somos uma obra em permanente construção e desconstrução, sobre um projeto inacabado da natureza que vem sendo desenvolvido por nós e pelas circunstâncias que deste fato decorrem. Nada somos em definitivo, nem ontem nem amanhã, porque somos a qualquer momento tragados pela desordem da qual fazemos parte. Nada nos define, nada sabemos sobre nós mesmos de concreto. Seremos sempre, no instante seguinte, o que estamos, neste exato momento, dispostos a aprender. Cecilia Rangel Rio de Janeiro - 16 de janeiro de 2013