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Mostrando postagens de abril, 2013

FICÇÃO

Adoro escrever ficção, dentro dela meus vários 'eus', as personagens que me habitam, podem levar seus antagonismos às últimas consequências. A contradição é a mola propulsora da minha criatividade. E a ficção é a minha real liberdade. (Cecilia Rangel - 20 de abril de 2013)

VERDADE OU MENTIRA?

Toda verdade tem em si uma grave mentira, que é a de se achar verdade. Não acredito em verdades, portanto, não falo sobre elas.  Proponho questões.  Milhares de indagações surgem na minha cabeça a toda hora. Exponho-as Cada um que pense a respeito e chegue à sua conclusão. Ou não. (Cecilia Rangel - 20 de abril de 2013)

ESPECIAL CHICO BUARQUE - GÔTA D'ÁGUA (por Mr.Zieg)

Bibi Ferreira na montagem original. 2º Parte – Por dentro das obras Começamos a “dissecar” a obra de Chico Buarque com Gota D’Água , peça baseada na tragédia grega Medéia , de Eurípedes , só que ambientada nos dias de hoje. Foi escrito e encenado em 1975, resultado da parceria com Paulo Pontes , autor com quem ele já tinha trabalhado em O Homem de La Mancha . A inspiração veio a partir de um programa chamado “caso verdade”, criado por Oduvaldo Viana filho  e exibido pela Rede Globo, em 1973. Mas a obra foi muito mais além, ganhando contornos de clássico e abrindo portas para uma linguagem inovadora, em função da combinação de vários elementos. E sem querer, plantou as sementes para um futuro teatro musical brasileiro. A história:  A trama se passa na Vila do Meio-dia, conjunto habitacional suburbano do Rio de Janeiro. Temos o foco principal na relação entre a nossa “Medéia”, que aqui se ch

A HIPOCRISIA NOSSA DE CADA DIA

A juíza Andréa Pachá, mulher a quem respeito e admiro fervorozamente, postou em sua página do facebook o seguinte texto do meu também querido e saudoso dramaturgo Alcione Araújo: "Acolhida a idéia, aos 16 anos de idade, delinqüentes já poderiam ser condenados. Sem querer aliviar a responsabilidade de criminosos, pergunto se crianças que crescem sem família, sem escola, sem emprego e sem assistência social têm noção do que seja certo e errado, justo e injusto, se à volta a violência é rotineira. Cadáveres são parte do seu trajeto, roubos são parte da sua diversão, drogas são parte da sua aventura, armas são parte da sua emoção, miséria e abandono são parte do seu cenário, fome e doença são parte do seu cotidiano, crime e morte são parte do seu futuro. Por que chocar-se com a violência? Como espantar-se com o assassinato? Da espantosa promiscuidade, sem referências nem valores, restam cinismo e frieza. Para esses pequenos assassinos, o Estado, que se resume à políci