Recebo a triste notícia de que o Teatro do Leblon (RJ), de iniciativa privada, composto de três salas de espetáculo, está encerrando suas atividades. A Sala Tônia Carrero já fechou suas portas e, em breve, as Salas Fernanda Montenegro e Marília Pêra também fecharão as suas. O dono estaria em negociações com a Igreja Universal do Reino de Deus.

É verdade que a cena teatral carioca está migrando da Zona Sul para o Centro da Cidade, que hoje abriga as mais instigantes companhias cariocas, como o "Tá na Rua", "Os Fodidos Privilegiados", "Companhia do Armazém", "Armazém da Utopia", O Instituto Galpão Gamboa, e por aí vai... Fora os Centros Culturais do Banco do Brasil, Caixa Econômica, Light, Correios, Justiça, que abrigam encenações de altíssima qualidade com ingressos bastante acessíveis ao público, além do Teatro Municipal e outros das redes Municipal e Estadual. Também é verdade que a administração pública ainda não percebeu o fenômeno, e nenhum investimento estrutural foi feito, sendo as áreas de segurança e transportes as mais precárias, o que afugenta um grande número de espectadores.
Mas a questão aqui, e muito séria, que se dá no Rio de Janeiro, é a supressão de espaços de cultura pelo poder econômico de igrejas de cunho "evangélico", chamadas neopentecostais, que pregam doutrinas alienantes e extremamente conservadoras, cuja finalidade, nada espiritual, é institucionalizar seus dogmas para o empoderamento de seus líderes, que enriquecem cada vez mais e, cada vez mais, ditam os destinos do país. Isso ficou claro no último domingo, 17 de abril.
Este fenômeno ameaça o Estado Laico no Brasil, sua Constituição e todas as conquistas sociais alcançadas. É preciso estarmos atentos e enfrentá-lo, ou a treva é o que nos espera.
Que tempos são estes ?
Mas a questão aqui, e muito séria, que se dá no Rio de Janeiro, é a supressão de espaços de cultura pelo poder econômico de igrejas de cunho "evangélico", chamadas neopentecostais, que pregam doutrinas alienantes e extremamente conservadoras, cuja finalidade, nada espiritual, é institucionalizar seus dogmas para o empoderamento de seus líderes, que enriquecem cada vez mais e, cada vez mais, ditam os destinos do país. Isso ficou claro no último domingo, 17 de abril.
Este fenômeno ameaça o Estado Laico no Brasil, sua Constituição e todas as conquistas sociais alcançadas. É preciso estarmos atentos e enfrentá-lo, ou a treva é o que nos espera.
Que tempos são estes ?
Sobre as igrejas evangelicas praticarem algo como capitalismo teocratico predador até concordo, mas daí usar dinheiro público pra manter e/ou financiar teatros, aí não dá! Dinheiro público deve ter prioridades como educação, saúde, teatro não se inclui nisso. Isso foi um dos motivos de se extinguir o MinC. Se for pro estado abater imposto de renda de empresas privadas que queiram patrocinar teatros aí seria outras historia.
ResponderExcluirtava procurando mais sobre o assunto e achei esse comentário aqui http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/11/politica/1462998470_097192.html - confere se acha que tem algo haver com questão do teatro:
ResponderExcluir114/05/2016, A LAS 19:38
FRANCISCO SANTOS
Cultura não se faz com cabide de emprego. Se dependesse dos benefícios que os MinC patrocinou para "artistas" brasileiros, o Brasil seria o país mais culto do mundo e quem sabe não teríamos 50 homicídios por ano. O SESC e Cia são o que de pior existe pra emperrar a cultura nacional. Produzem espetáculos que ninguém vê e que não tem nenhuma relevância para as artes. Serve apenas como cabide de emprego. Há décadas (DÉCADAS) que o Brasil não é agraciado com um prêmio sequer nas artes. A música se resume a funk-sertanejo, a pintura é tosca, o cinema não passa de um teledrama, o teatro só faz sucesso se for comédia besteirol, a dança, dança? A literatura nunca ganhou relevância. Cultura? Não se faz cultura em gabinete nem com subsídios, mas com ARTISTAS.