Ao contrário do que meia dúzia de intelectuais pensa, VIM não é uma antiga marca de produto de limpeza, também deixou de ser a mera conjugação na Primeira Pessoa do Singular do Presente do Indicativo (Ô nome comprido dos diabos!) do verbo VIR, este sumariamente eliminado do vocabulário brazuca (como chamam a nós, os patrícios). O brasileiro, que internou a língua portuguesa numas dessas clínicas que ganham dinheiro da Previdência pra maltratar velhinhos, aproveitou-se de sua ausência pra matar o verbo VIR. Agora ninguém mais vai vir, como se vai comer, beber e, de vez em quando, até amar. De jeito nenhum! Agora eu, tu, ele, nós, vós, eles, todo mundo vai VIM. Quer dizer, eu não! Me tira dessa, que eu não estou aqui pra promover a morte de ninguém! Eu fico até condoída de ver apresentadores de televisão, jornalistas, médicos, advogados e, pasmem, também professores perguntarem: _ Você vai VIM? Este negócio me deixa realmente inconsolável. Por que f...
Eu falus, tu falas, ele fala, nós filos-of-amos, vós filos-of-ais!, eles filos-of-am I?