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Mostrando postagens de setembro 12, 2012

GILBERTO GIL

No fim de semana passado tirei o domingo para visitar de uma vez só a duas exposições sobre a carreira de duas importantes figuras da cultura popular brasileira.  Primeiro, no Centro Cultural dos Correios, passei pela exposição que homenageia os 70 anos de idade de Gilberto Passos Gil Moreira, mais conhecido como Gilberto Gil, ou simplesmente Gil  -  este baiano de musicalidade altamente plural e refinada, poeta dos mais contundentes, de linguajar peculiar, e visão holística, quântica, do mundo, da Vida.   Tarefa difícil resumir em quatro ou cinco salas a obra e as ideias de um ser humano artisticamente irrequieto, intelectualmente rico, como Gil. Eu, que sou sua fã desde a mais tenra idade e, desde lá, acompanho sua carreira, possuindo grande parte do que ele gravou, saí de lá com um sentimento de que ainda faltava muita coisa a ser vista, principalmente ouvida. Talvez seja somente um sentimento tolo, a mera impressão de uma fã insaciável...

ELIS REGINA

Depois, no Centro Cultural do Banco do Brasil, uma magnífica exposição sobre Elis Regina. Nem sei se eu sei falar de Elis, tamanha é a minha relação com ela e o que ela representa pra mim, em termos de música. Muito se fala nas transformações que trouxeram a Bossa Nova, o Tropicalismo, até mesmo a Jovem-Guarda, nem discuto isso. O que eu quero alertar é que Elis Regina foi também, ela própria, sozinha, um "movimento" de transformação da MPB. Ela mudou tudo e, da maneira como mudou, somente ela conseguiu ir adiante daquela forma. Elis mudou o jeito de cantar, o jeito de se apresentar no palco, o jeito de ler e interpretar música, acrescentando-lhe um novo elemento: a teatralidade. Cada álbum e cada show de Elis Regina constituia uma ideia, a concepção de um todo, tal e qual uma peça de teatro. Esta especialidade do seu trabalho chega ao auge em "Falso Brilhante", onde ela exibe sua verve de atriz em um espetáculo que misturava elementos de todos os estilos te...