Durante os oito anos de governo federal do PSDB, as Universidades Públicas foram agressivamente sucateadas, como parte de um projeto de privatização do ensino, que só teria como resultado a elitização cada vez maior da educação de nível superior. Este projeto, na melhor das hipóteses, reforça na formação do aluno os valores que o privilegiam, criando uma legião de vaidosos alienados que servirão "satisfeitos" aos verdadeiros donos do capital, que os pagarão muito bem, mas serão patrões tal e qual o são dos que eles pagam mal.
O que é preciso que se entenda é que não há democracia numa sociedade que privilegia poucos em detrimento da maioria. A isto se chama ditadura econômica, que é a pior delas, porque não se impõe de forma oficial, mas oficiosamente, infiltrando-se pelas brechas dos Poderes de Estado, corrompendo-o para controlá-lo de acordo com os seus interesses.
Por isso, é impossível diminuir a corrupção num Estado de Exceção, porque, como o próprio nome diz, este atenderá à exceção, e não à regra. A regra é a Constituição Nacional, que se fragiliza quando o controle do Estado é tomado à força por quem o excede, ou seja, por quem não aceita a regra da maioria, pois pretende impor as regras ditadas pelos seus interesses. Os interesses da exceção não são compatíveis com os da maioria, porque o maior interesse da exceção é continuar sendo exceção, que é o que a caracteriza.
Eu não execro os expoentes da exceção por isso. Este é o papel que lhes cabe no alto da selva que eles vivem: como qualquer animal selvagem, eles preservam por suas próprias vidas. O que não tem lógica é gente da maioria lutar contra a regra que a protege.
Então, se queremos uma sociedade menos corrupta e corruptível, devemos, antes de mais nada, prestar atenção em nós mesmos, cada um por si, para não nos deixarmos envolver pelas tramas da exceção, e nos unirmos, enquanto sociedade, para romper com os ciclos das exceções que pesam nas nossas costas desde 1500. Não se muda 5 séculos em 12 anos. Não se muda uma sociedade de cima para baixo. Se o Brasil precisa mudar numa série de coisas, vamos, então, mudá-lo juntos. Deixar que as exceções comandem à vontade o barco da maioria, isso já foi exaustivamente experimentado, e já se sabe que não dá certo.
O Brasil é de quem produz, e quem produz é o trabalhador.
Cecilia Rangel; 06 de abril de 2016
O que é preciso que se entenda é que não há democracia numa sociedade que privilegia poucos em detrimento da maioria. A isto se chama ditadura econômica, que é a pior delas, porque não se impõe de forma oficial, mas oficiosamente, infiltrando-se pelas brechas dos Poderes de Estado, corrompendo-o para controlá-lo de acordo com os seus interesses.
Por isso, é impossível diminuir a corrupção num Estado de Exceção, porque, como o próprio nome diz, este atenderá à exceção, e não à regra. A regra é a Constituição Nacional, que se fragiliza quando o controle do Estado é tomado à força por quem o excede, ou seja, por quem não aceita a regra da maioria, pois pretende impor as regras ditadas pelos seus interesses. Os interesses da exceção não são compatíveis com os da maioria, porque o maior interesse da exceção é continuar sendo exceção, que é o que a caracteriza.
Eu não execro os expoentes da exceção por isso. Este é o papel que lhes cabe no alto da selva que eles vivem: como qualquer animal selvagem, eles preservam por suas próprias vidas. O que não tem lógica é gente da maioria lutar contra a regra que a protege.
Então, se queremos uma sociedade menos corrupta e corruptível, devemos, antes de mais nada, prestar atenção em nós mesmos, cada um por si, para não nos deixarmos envolver pelas tramas da exceção, e nos unirmos, enquanto sociedade, para romper com os ciclos das exceções que pesam nas nossas costas desde 1500. Não se muda 5 séculos em 12 anos. Não se muda uma sociedade de cima para baixo. Se o Brasil precisa mudar numa série de coisas, vamos, então, mudá-lo juntos. Deixar que as exceções comandem à vontade o barco da maioria, isso já foi exaustivamente experimentado, e já se sabe que não dá certo.
O Brasil é de quem produz, e quem produz é o trabalhador.
Cecilia Rangel; 06 de abril de 2016
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