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HOMENS QUE ESCREVEM PROVOCANDO 2

"AMOR, TRABALHO E SABEDORIA
SÃO AS FONTES DA VIDA
DEVERIAM TAMBÉM GOVERNÁ-LA"

Wilhelm Reich 
24 de março de 1897 - 3 de novembro de 1957

revolucionário médico e pensador do século XX
criador da vegetoterapia (psicanálise através do corpo) / descobridor do Orgone (Energia Vital)  

"Perguntas-me se poderei dizer-te quando saberás viver a tua vida em paz e em segurança; a resposta está no inverso da tua forma de vida atual: viverás bem e em paz quando a vida significar para ti mais do que a segurança; o amor mais do o dinheiro; a tua liberdade mais do que as linhas diretivas do partido ou a opinião pública; quando o modo de estar no mundo de um Beethoven ou de um Bach for o tom habitual de toda a tua existência; quando a tua forma de pensar estiver de acordo, e não como hoje, em discordância, com o teu modo de sentir; quando te for possível reconhecer os teus dotes a tempo e reconhecer a tempo o teu declínio, a tua velhice; quando te for possível viver o pensamentos dos grandes homens em lugar dos crimes dos ditos grandes guerreiros; quando os professores dos teus filhos forem mais bem pagos do que os políticos; quando tiveres maior respeito pelo amor entre um homem e uma mulher do que por um certificado de casamento; quando puderes reconhecer os teus erros, refletindo a tempo, e não demasiado tarde, como o fazes hoje; quando sentires que o teu espírito se engrandece conhecendo a verdade e as formalidades te inspirarem horror; quando te comunicares diretamente com teus camaradas de trabalho, não mais tendo diplomatas por intermediários; quando a alegria que tua filha adolescente possa encontrar no amor for também a tua alegria, e não o motivo da tua cólera; quando souberes apenas abanar a cabeça nas mesmas circunstâncias em que outrora se castigavam as crianças por tocarem em seus órgãos sexuais; quando finalmente a face humana do homem da rua puder expressar a alegria, a liberdade e a comunicação, não mais a tristeza e a miséria; quando os seres humanos não mais povoarem a Terra com suas ancas retraídas e rígidas, e os seus órgãos sexuais enregelados."     
    
texto  extraído de seu livro "Escuta, Zé Ninguém"
- escrito em 1946 -

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